quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

DIA 15/12 O CARRO ELÉTRICO COMEÇARÁ A FUNCIONAR EM RECIFE (PE)


Mais uma vez, o Porto Digital inova, sai na frente e lança o primeiro sistema de compartilhamento de carros elétricos (car sharing) do Brasil. A solução faz parte do projeto Porto Leve,  guarda-chuva de soluções para a mobilidade urbana do Porto Digital. Com a solução dos carros compartilhados, o usuário poderá, já partir do próximo dia 15 de dezembro, ir a uma das três estações espalhadas na região do Porto Digital, retirar o veículo e devolvê-lo dentro de prazo determinado, num processo semelhante ao que já ocorre com as bicicletas.

O sistema de compartilhamento de carros do Porto Digital equipara a capital pernambucana a algumas cidades europeias e norte-americanas. Aqui, como já acontece no exterior, serão usados carros elétricos. A tecnologia utilizada será fornecida pela empresa pernambucana Serttel, incubada no Porto Digital e contratada pelo Parque Tecnológico para o desenvolvimento da solução. "Nosso sistema de compartilhamento de carros elétricos é inédito no Brasil e insere o Recife no cenário das grandes cidades mundiais. Nosso propósito é testar um serviço inovador e ecologicamente sustentável, que venha a contribuir para a mobilidade urbana, e, consequentemente, proporcionar melhor qualidade de vida, de forma a deixá-lo apto a ser replicável para o restante da cidade", destaca do Presidente do Porto Digital, Francisco Saboya.

Na primeira fase do projeto, em caráter de teste, apenas 20 pessoas previamente selecionadas poderão utilizar os veículos sustentáveis, que ficarão, a principio, em três estações: uma no edifício que abriga o Núcleo de Gestão do Porto Digital (prédio do antigo Bandepe), no Bairro do Recife e outra em frente ao Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R), também no Bairro do Recife. Já a terceira será na Rua do Lima, no bairro de Santo Amaro. As estações serão monitoradas à distância e cada veículo contará com um chip que vai se comunicar com o sistema de controle, informando quando o carro for retirado.

Em março de 2015, o sistema ganhará outras três novas estações de compartilhamento, na Prefeitura do Recife, Casa da Cultura e Praça do Derby. "É um protótipo, por isso fica com três carros. Esperamos que, com a consolidação da ideia, o poder público veja seu valor e resolva expandi-la, como aconteceu com o aluguel de bicicletas que hoje já tem mais de 70 estações", pontua Francisco Saboya, destacando que a função da empresa é testar tecnologias que contribuam com os maiores desafios urbanos da atualidade: mobilidade, sustentabilidade e segurança. Por isso, cabe ao poder público ou a outra empresa privada ampliá-las. Já a Serttel, contratada pelo Porto Digital, fica responsável pelo desenvolvimento e operação do sistema.

A ideia é que o projeto também incentive a carona através de um sistema que facilite o compartilhamento de rotas. A empresa de carros elétricos escolhida foi a chinesa Zhidou, com os modelos ZD e ZDI, que têm capacidade para dois passageiros, são 100% elétricos e possuem autonomia para rodar até 100 Km.

Funcionamento - Para utilizar o sistema de compartilhamento de carros elétricos, o usuário precisa ter idade superior a 18 anos e possuir carteira de habilitação válida e cartão de crédito. Em seguida, deve baixar o aplicativo do Porto Leve e realizar um cadastro prévio. O sistema vai exigir cadastramento e confirmação de dados pessoais e possibilitará a renovação automática através de autorização na modalidade cartão de crédito. O único plano de utilização será o mensal, no valor de R$ 30, além de uma taxa extra para cada corrida. Se o usuário não oferecer carona, essa taxa é de R$ 20. Se o motorista, no momento da reserva, optar por dar carona, o valor da viagem será rateado entre ele e o "caroneiro", que também deverá estar cadastrado no sistema. Em caso de carona para outro usuário do aplicativo, o valor será dividido entre ambos. Se o motorista oferecer a carona e, mesmo assim, nenhum interessado se manifestar em 15 minutos de tolerância, também paga R$ 10. Ainda é preciso pagar uma taxa extra caso o motorista ultrapasse os 30 minutos permitidos para a utilização do veículo. Por cada minuto adicional será cobrado R$ 0,75.

"É uma forma de incentivar o compartilhamento do veículo para diminuir a quantidade de carros nas ruas e, assim, contribuir com a preservação ambiental", afirma o Diretor Executivo do Porto Digital, Leonardo Guimarães. Na Europa, cada exemplar do car sharing retira entre seis e nove veículos tradicionais das ruas. A experiência também mostra que, comparado a um carro particular, os veículos sustentáveis gastam 4,5 vezes menos em cada quilômetro rodado. Alimentados por energia limpa, ainda evitam a utilização de combustíveis fósseis e contribuem para a redução da poluição atmosférica.

A carona, por sinal, é uma inovação do sistema brasileiro. "Nenhum outro modelo oferece essa possibilidade. Além disso, toda a nossa operação é feita pelo celular. No exterior, não há totens nas estações para desbloqueio do veículo", afirma o diretor de inovação e competitividade empresarial do Porto Digital, Guilherme Calheiros.

Passo a passo - Para solicitar o veículo, basta entrar no aplicativo do Porto Leve e escolher a opção do car sharing. O aplicativo mostra as estações do projeto e o usuário precisa indicar a estação de origem para que o sistema verifique se há carros disponíveis naquele local. Também será preciso informar o destino, para garantir que haja vaga quando for devolver o carro. Cada estação conta com duas vagas exclusivas para os veículos elétricos.

Depois de completar a solicitação, o usuário tem a possibilidade de oferecer uma carona. Caso essa opção seja escolhida, um relógio indica os 15 minutos de espera pelo caroneiro. Esgotado o tempo, o chaveiro do veículo aparece para que o usuário desbloqueie a porta.

Passado todo esse processo, basta ligar o veículo. "É como um carro automático. Não há marcha, apenas freio e acelerador. Mas a principal diferença é mesmo o silêncio. Por se tratar de um carro elétrico, parece que está desligado", conta Cidinha Gouveia, Gerente de Projetos do Porto Digital. Importados da China, os carros sustentáveis são inteiramente elétricos, equipados com ar-condicionado e demoram seis horas para serem carregados. Cada exemplar acomoda dois passageiros e alcança até 60 km/h. Quando totalmente carregado, pode rodar por até 120 quilômetros. O projeto teve custo total de R$ 500 mil, financiado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia e pela Serttel, que arcou com o investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Sustentabilidade - Projeto cujo objetivo é prover serviços inovadores e ecologicamente sustentáveis, o Porto Leve visa melhorar a mobilidade, a segurança e a comodidade de trabalhadores, empreendedores, visitantes e turistas que circulam na região do Porto Digital, proporcionando maior qualidade de vida. O projeto está focado em três grandes áreas com objetivos específicos: promover mobilidade sustentável; apoiar a segurança e gestão da circulação de veículos; e promover estudos sobre tecnologias no parque.

Principais vantagens do sistema de compartilhamento de carros elétricos do Porto Digital:

•Evitar a necessidade de aquisição e manutenção de carro próprio;
•Racionalizar o uso do carro, reduzindo distâncias percorridas (experiências de outros países mostraram redução de cerca de 4,5 vezes do custo por quilômetro, em comparação com veículos particulares);
•Favorecer uma mobilidade mais inteligente (o usuário usa os meios mais adequados de transporte para cada viagem);
•Cada carro de car sharing, num sistema amplo, evita entre 6 e 9 carros particulares;
•Incentivar adesão de outros modos mais sustentáveis (transporte público, caminhar e bicicleta);
•Redução do trânsito e do congestionamento associado;
•Liberação de espaço de estacionamento;
•Menor consumo de combustível;
•Redução das emissões de CO2;
•Eficiência energética;
•Melhoria no impacto meio ambiental;
•Redução da poluição local: ruído e emissões de poluentes locais;
•Uso de fontes de energia diferentes ao petróleo no setor transportes.


Entra em operação no próximo dia 15 o sistema de compartilhamento de carros elétricos do Recife, primeira cidade brasileira a receber o Car Sharing. O projeto funcionará em fase de testes por um mês e apenas três veículos movidos a bateria serão colocados nas ruas. Eles poderão ser retirados em três estações localizadas nas ruas do Apolo (no prédio do Porto Digital) e Bione (em frente ao Cesar), ambas no Bairro do Recife, e na Rua do Lima, em Santo Amaro. 

Fonte: Porto Digital

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

APLICATIVO DA RECEITA FEDERAL INFORMARÁ O CONTRIBUINTE QUE CAIU NA MALHA FINA

A Receita Federal projeta lançar, em 2015, uma ferramenta que poderá ser utilizada, por meio de aplicativo, para informar às pessoas físicas quando elas caíram na malha fina. Atualmente, para saber se estão nessa situação, é preciso entrar no site do órgão na internet e buscar por seu e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).
 
Com o aplicativo, o contribuinte receberá essa informação por meio de mensagem no seu celular, sem precisar buscá-la na Internet. Munido dessa informação, ele fará o processo que é feto atualmente: entrar no extrato do DIRPF, no site da Receita, e, dependendo do caso, retificar a declaração. Eventuais restituições do IR são liberadas somente após eliminar as pendências ou inconsistências com o Fisco.

Fonte: Diario do Nordeste

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

2015 CHEGANDO COM AUMENTO DO IPVA, EXTINÇÃO DE SECRETARIAS E CARGOS COMISSIONADOS

Os deputados da base aliada ao governo do estado se reuniram na manhã desta terça-feira (2) com o governador Beto Richa (PSDB), que apresentou um “pacote” de medidas de austeridade que devem entrar em vigor no próximo ano.
Ao todo, 16 projetos foram enviados à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e quatro já tramitam na casa. Entre eles, um projeto que pede o aumento do IPVA para automóveis – que passaria de 2,5% para 3,5%. O desconto de 10% para o pagamento do imposto a vista até janeiro deixa de valer, caso o projeto seja aprovado.
Os outros projetos devem ser lidos na sessão plenária de hoje na casa e enviados então aos deputados para que se inicie a tramitação. Também será apresentada aos deputados a extinção de três secretarias – Assuntos da Comunidade, Indústria e Comércio e do Trabalho, que deve ser fundida à outra secretaria.
Além das secretarias, cargos comissionados também serão extintos. Já está marcada para amanhã, às 9h, uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a discussão dos projetos apresentados pelo poder Executivo.
De acordo com o presidente da Alep, deputado Valdir Rossoni (PSDB), os projetos enviados pelo governador devem passar pelas comissões ainda nesta semana e devem ser votados em definitivo ainda na semana que vem. “Não há tempo hábil até o recesso legislativo, então os projetos serão votados em regime de urgência”, disse.
O líder do governo da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB) afirmou que as medidas são impopulares, porém necessárias para colocar em ordem as contas do estado. “Os cortes profundos são necessários. Isso representará uma economia de R$ 1 bilhão”, afirmou o deputado.
Ainda de acordo com Traiano, as medidas são excepcionais e darão ao governador uma maior elasticidade no orçamento do estado. “Estamos nos preparando para enfrentar a crise cairá sobre todos nós em 2015”, comentou.
Fonte: Gazeta do Povo

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ARMANDO MONTEIRO É O NOVO MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO


O ministro indicado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, declarou nesta segunda-feira (1) que a promoção da competitividade na economia é o "desafio central" para avançar em uma "economia mundial cada vez mais integrada" e avaliou que a indústria tem um papel decisivo no crescimento do país.
"O desafio central é promover a competitividade. O que signica reduzir custos sistêmicos e elevar a produtividade. A agenda da competitividade envolve várias áreas dentro do governo e demanda intensa articulação e coordenação. É papel primordial do Ministério do Desenvolvimento realizar essa tarefa. E colocar o tema da competitividade no centro da agenda política do país", acrescentou ele.

Papel da indústria
De acordo com o ministro, "crescer pela indústria é sempre o melhor caminho". "Com criação de emprego, disseminação de conhecimento e geração de divisas. A revalorização do papel da industrial está sendo reconhecido em todo mundo, com definição de políticas industriais até mesmo em economias maduras", acrescentou ele, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) - entidade de representação do empresariado - no passado.
Monteiro Neto observou que, mesmo diante de "adversidades e turbulências", a economia foi capaz de manter baixa taxa de desemprego, garantindo crescimento da renda e do consumo no Brasil. "Mas nosso país ainda apresenta elevados custos, com sistema tributário complexo que onera investimentos e exportações", afirmou, citando ainda deficiências na capacitação de "capital humano", de infraestrutura e "excesso de procedimentos burocráticos".
Segundo ele, a melhora da competitividade na economia brasileira está em consonância com os objetivos gerais da política econômica anunciadas pelo ministro indicado da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. "O reequilíbrio macroeconômico é condição fundamental para fortalecimento da confiança e da retomada de um crescimento mais vigoroso", disse, acrescentando que isso permitirá aumento dos salários, fortalecimento das demandas doméstica e social.

Dólar
Monteiro Neto não quis se arriscar a fazer uma projeção para a taxa de câmbio, em um momento de pressão de alta do dólar no Brasil. Entretanto, declarou que a política monetária dos Estados Unidos (com a retirada de estímulos ao crescimento norte-americano) vai produzir "reorientação dos frutos de poupança, com significativo efeito sobre o câmbio de uma maneira geral".
"Acho que teremos um realinhamento cambial que se dará em condições naturais [alta do dólar], sem nada que pareça movimento brusco, ou que tenha caráter artificial. Não me arrisco a fazer uma projeção. Taxa de câmbio real é mais importante do que o câmbio nominal. Para isso, o Brasil precisa ter uma inflação menor. Se não, o diferencial de inflação terminará por afetar o câmbio real", disse ele.

Mercosul, acordos comerciais e BNDES
Monteiro Neto defendeu ainda novos acordos comerciais, em um momento de fraco desempenho da balança comercial. Em novembro, foi registrado o pior resultado para o mês dos últimos 20 anos.
"Precisamos envidar esforços para concluir o acordo no âmbito do Mercosul e União Europeia, que está avançado. Podemos promover um acordo com os países da América do Sul que integram a aliança do pacífico, como o Chile e Colômbia. Isso oferece perspectivas ao país", declarou.
Para o ministro indicado, que vai trabalhar nessa fase de transição no Ministério do Desenvolvimento juntamente com o titular da pasta, Mauro Borges, "há sempre necessidade de ajustes" no Mercosul - bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
"Há assimetrias. Cada país tem dificuldades macroeconômicas conjunturais. É sempre bom reconhecer que há dificuldades. Mas, ao mesmo tempo, o fortalecimento do Mercosul nos oferece uma vantagem na perspectiva de acordos com outros blocos econômicos, como por exemplo, com a União Europeia. A perspectiva de um mercado ampliado na América do Sul, que fortalece a nossa posição negociadora", declarou ele. 
O ministro observou, porém, que ainda há alguns "temas sensíveis" para destravar o acordo com a União Europeia, como a oferta de bens industriais e com algumas outras questões relacionadas com bens atgricolas. "Mas me parece que estamos avançando no sentido de demover alguns obstáculos. Eu apostaria que é possível concluir esse acordo de forma satisfatória nos próximos meses", disse Monteiro Neto.

BNDES
Após o pronunciamento à imprensa, Armando Monteiro afirmou que a indicação para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) ainda é analisada e, "naturalmente", ainda não há definição.
Amando Monteiro disse, ao ser questionado sobre o volume de financiamento que será concedido pelo BNDES em 2015, que é preciso estimular a criação de um mercado de financiamento a longo prazo, pois o banco não deve suportar “sozinho” todo o montante de financiamento do país, inclusive permitindo o acesso de pequenas e médias empresas ao crédito oferecido pelo órgão.
“Todos reconhecem que o ideal é que o país estimule a criação de um mercado de financiamento para o prazo longo com os agentes privados, porque, evidentemente, que o BNDES não pode suportar sozinho”, disse.

Fonte: G1