segunda-feira, 17 de novembro de 2014

LÍDERES DO G-20 PROMETEM AMPLIAR CRESCIMENTO MUNDIAL

Líderes das 20 maiores economias do mundo, G-20, concluíram neste domingo os dois dias de discussões em Brisbane, na Austrália com a promessa de que vão adotar medidas que permitam um acréscimo de 2,1 pontos percentuais no crescimento global nos próximos cinco anos. O que, no cálculo de organizações internacionais, daria uma injeção de US$ 2 trilhões na economia mundial e criaria “milhões” de empregos. É uma promessa ambiciosa diante do baixo desempenho de muitas economias — inclusive do Brasil —, o que levou a uma revisão para baixo todas as previsões de crescimento para este ano.

Os líderes aprovaram o Plano de Ação de Brisbane que foi desenhado por ministros das Finanças em fevereiro. No plano, começam alertando que “a economia global permanece vulnerável a choques”. Avisam que o sistema financeiro ainda está frágil, apesar de bancos estarem mais capitalizados, e que os riscos estão sendo exacerbados por tensões geopolíticas.

No plano, cada um dos países do G-20 se comprometem a adotar e seguir medidas para aumentar o crescimento. Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde) concluiu que se todos os 20 países implementarem medidas simultaneamente, pelo menos um quarto dos 2,1% de crescimento adicional vão estar garantidos.

Líderes também endossaram o lançamento de uma Iniciativa Global para Infraestrutura, que prevê a criação de um “hub“ — isto é, de um núcleo — para centralizar, coordenar e atrair investidores para os vários projetos de investimento nos países do G-20. Os líderes do G-20 reconhecem que o desemprego entre jovens (nos países avançados, essencialmente) está “inaceitavelmente alto” e prometem não apenas solucionar isso e criar empregos de qualidade, como trazer “mais de 100 milhões de mulheres” para o mercado de trabalho.
O G-20 comemora também o acerto entre Índia e Estados Unidos, que colocou fim ao bloqueio indiano à implementação do primeiro acordo em décadas da Organização Mundial de Comércio (OMC) para facilitar o comércio mundial, fechado em Bali, em dezembro passado. Os líderes prometem, a partir daí, trabalharem para a volta das negociações da Rodada de Doha — como são chamadas as negociações para a abertura do comércio mundial. Lançadas em Doha em 2001, as negociações foram paralisadas por uma série de divisões entre países nas questões-chave, como a liberalização do comércio mundial de agricultura, por exemplo.

Por insistência do presidente americano Barack Obama, que acaba de fechar um acordo com a China para combater mudanças climáticas, o G-20 prometeu ação “forte e efetiva” neste campo. E se comprometeu também a adotar um novo protocolo na Conferência do Clima que vai acontecer em Paris, no final de 2015, para substituir o atual Protocolo de Kyoto.
Os líderes do G-20 também prometeram agir para acabar com a epidemia Ebola na África Ocidental. Segundo um dos participantes, o Ebola foi um dos mais longos debates na reunião fechada. Os lideres teriam reconhecido que atualmente não estão preparados para o combate e precisam criar um mecanismo e garantir recursos. Num comunicado, eles se comprometeram a fazer o que for necessário “para garantir esforços internacionais para acabar com o surto e lidar com seus custos econômicos e humanitários no médio prazo”.

DILMA MANTÉM MISTÉRIO SOBRE MINISTRO DA FAZENDA

Dilma embarcou de volta ao Brasil logo após o encerramento da cúpula do G-20 em Brisbane, na Austrália, carregando de volta o grande mistério: o nome do futuro ministro da Fazenda — isto é, daquele que vai comandar os próximos ajustes na economia do país.
Não vou falar sobre minha reforma ministerial Não vou dizer isso para você — disse, quando um jornalista lhe perguntou se alguns ministros da equipe atual vão continuar no cargo.

Quando o jornalista quis saber se ela se sente “mais à vontade” depois que 15 ministros colocaram o cargo à sua disposição, ela imediatamente corrigiu :

Não, são todos os ministros. Eles combinaram.
E depois explicou:
Não sinto mais ou menos à vontade. É um gesto elegante dos ministros. Não é necessário ministro colocar o cargo à minha disposição: ele está sempre à minha disposição. Essa é a regra do jogo em qualquer país presidencialista.
Fonte: O Globo

 



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